domingo, fevereiro 29, 2004

In tha house!

sexta-feira, fevereiro 20, 2004

Até domingo, depois do carnaval.
A Vingaça dos Nerds



Que os americanos sãos freaks que não estão nem aí p/ os demais habitantes do planeta todo mundo sabe. Mas mesmo lá, há gente legal.

O documentário Revolution OS dá uma boa amostra disso. Quem diria que meia dúzia de nerds e geeks seriam capaz de tanto, a ponto de fazer com a gigante Micro$oft ficasse com a pulga atrás da orelha e temesse um revés em sua política monopolista.

Acaso? Estratégia de novos gênios do capitalismo? Ou simplesmente um bando de malucos anarquistas? Veja e se divirta. Mesmo não sabendo o que significa ou não entendendo nada de Unix, Linux, Copy Left, Open Source, GNU etc... dá p/ assistir numa boa. Aqui estão os links para o filme e a legenda.

P.S.: Só por curiosidade, GNU significa GNU is Not Unix.
É sério. :-)

quinta-feira, fevereiro 19, 2004

O João Gordo é uma das figuras mais legais da tv. Isso é indiscutível. O cara foi chegados aos poucos na MTV e graças ao seu carisma, hj é grande -- mesmo!-- lá dentro. Esse novo programa dele com a esposa -- muito gata, diga-se de passagem -- é divertidíssimo!!

A entrevista de hj foi hilária, acho que só deve perder mesmo para o barraco armado por conta Da(n)do (a bunda) Dolabela. O entrevistado dessa sema foi o Joãosinho Trinta (menos seis) -- com 's' mesmo!. Bicha velhíssima e mal-humorada pra caralho. Foi engraçadíssimo vê-lo chamando o João Gordo a cada 2 min de burro. Acho que o próprio Gordo nunca se divertiu tanto com um entrevistado. Prova disso é que ele aceitava todas os ataques do Vinte E Quatro às gargalhadas.

Não percam a reprise.

terça-feira, fevereiro 17, 2004

Six Feet Under

1h da manhã não é exatamente agradável para se ficar prostado na frente da tv. Sim, o horário é ingrato. Muito ingrato. Mas pqp, vale muito à pena ficar acordado p/ acompanhar o "drama" da família Fisher.
Podemos definir os Fishers como a Família Addams do século XXI. Não, não tem aquelas bizarrices dos Addams. Aqui a coisa é mais séria. Ou pelo menos deveria ser!

A série começa com a morte do patriarca da família Fisher, dono de uma funerária -- sempre morre alguém nos primeiros minutos de cada episódio, daí o nome da série. Então o filho mais velho, Nate, volta pra casa e resolve dividir com o irmão David -- que é gay, mas ninguém sabe -- a direção dos negócios da família. Há ainda a Claire -- a mais nova da família esquisitona, que tomou ácido pouco antes de saber que o pai tinha morrido -- e a mãe, Ruth, esposa dedicada à família, que descobrimos ter um caso com o seu cabelereiro há anos.

Há ainda outros personagens bizarros que vão aparecendo no decorrer da série, mas não é isso que faz com que ela seja tão boa. São os conflitos familiares presentes no texto -- um dos mais fodas que já vi até hj em programas enlatados -- e a atuação de todo o elenco impecável. O troço é tão bem escrito, que em dado momento, vc se toca de apesar de bizarro, tudo o que acontece com aquela família, é bem verossímel e poderia estar acontecendo com a sua -- isso se já não estiver.

Assistam. É mesmo muito foda. Eu já estou louco p/ ver a 3a. temporada de A Sete Palmos na HBO. O problema mesmo é a dublagem, pq se for a mesma que passou ha Warner, pqp...

A Sete Palmos (Six Feet Under) estréia 1h da manhã, na madrugada de sexta p/ sábado, no SBT.
E não é que eu fui remanejado p/ o 1o. semestre? Uhuuuuuuu!!!
Quanta palhaçada.
Só mesmo os americanos são capazes disso.
Como se já não bastasse aquela babaquice toda envolvendo o Backstreet Boy com cara de elfo e a irmã mais preta de Micheal Jackson, apareceu agora uma polêmica envolvendo o Andre 3000, o Carlinhos Brown americano.
A parada é a seguinte: a Native American Cultural Center - NACC considerou a performance embasbacante de meio OutKast preconceituosa e onfensiva à comunidade e aos símbolos indígenas.
Um dos diretores chegou até mesmo a declarar que a apresentação no Grammy era comparável a um grupo de brancos dançando com seus rostos pintados de preto. Hilário, não?
Mas a coisa não pára por aí. A NACC ainda organizou um abaixo assinado que pede para que o OutKast se retrate e também ensaia um boicote à CBS, o grupo, e sua gravadora.
Bom, levando-se em conta que os índios americanos foram quase todos dizimados, acho que esse boicote vai ser um verdadeiro sucesso.
Só falta agora Carlinhos Brown querer processar o OutKast por plágio.

segunda-feira, fevereiro 16, 2004

Ao contrário do que disse Nélson Rodrigues, há unanimidades que não são burras. Algumas podem até mesmo ser geniais.
Luiz Fernando Veríssimo é uma delas. Ele provavelmente deve ser, entre as pessoas que ainda perdem o seu tempo vindo aqui, uma das únicas unanimidades -- na verdade até me surpreenderia se essa não for a única!
Estava lendo Harry Potter E O Cálice de Fogo -- esse sim merecia ser uma unanimidade rodrigueana -- quando, não sei por qual razão, me lembrei dessa crônica. Não li toda a obra do Veríssimo, mas sem medo de ser leviano, afirmo que essa é a melhor crônica que ele já escreveu.
Confiram e depois me digam se conhecem uma melhor.


Defenestração

Certas palavras têm o significado errado. "Falácia", por exemplo devia ser o nome de alguma coisa vagamente vegetal. As pessoas deveriam criar falácias em todas as suas variedades. A Falácia Amazônica. A misteriosa Falácia Negra.
"Hermeneuta" deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herméticos. Onde eles chegassem, tudo se complicaria.

-Os hermeneutas estão chegando!
-Ih, agora é que ninguém vai entender mais nada...

Os hermeneutas ocupariam a cidade e paralisariam todas as atividades produtivas com seus enigmas e frases ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão. Levaria semanas até que as coisas recuperassem o seu sentido óbvio. Antes disso, tudo pareceria ter um sentido oculto.

-Alô...
-O que é que você quer dizer com isso?

"Traquinagem" devia ser um peça mecânica.

-Vamos ter que trocar a traquinagem. E o vetor está gasto.

"Plúmbeo" devia ser o barulho que um corpo faz ao cair na água.
Mas nenhuma palavra me fascinava tanto quanto "defenestração".
A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca me lembrava de procurar no dicionário e imaginava coisas.
Defenestrar devia ser um ato exótico praticado por poucas pessoas. Tinha até um certo tom lúbrico. Galanteadores de calçada deviam sussurar no ouvido das mulheres:

-Defenestras?

A resposta seria um tapa na cara. Mas algumas... Ah, algumas defenestravam.
Também podia ser algo contra pragas e insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a casa. Haveria, assim, defenestradores profissionais.

Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerravam os documentos formais? "Nestes termos, pede defenestração..." Era uma palavra cheia de implicações.
Devo até tê-la usado uma ou outra vez, como em:

-Aquele é um defenestrado.

Dando a entender que era um pessoa, assim, como dizer? Defenestrada.
Mesmo errada, era a palavra exata.
Um dia, finalmente, procurei no dicionário. E aí está o Aurelião que não me deixa mentir. "Defenestração" vem do francês "defenestration". Substantivo feminino. Ato de atirar alguém ou algo pela janela.
Ato de atirar alguém ou algo pela janela!
Acabou a minha ignorância mas não a minha fascinação.
Um ato como este só tem nome próprio e lugar nos dicionários por alguma razão muito forte.
Afinal, não existe, que eu saiba, nenhuma palavra para o ato de atirar alguém ou algo pela porta, ou escada abaixo. Por que, então, defenestração?
Talvez fosse um hábito francês que caiu em desuso.
Como o rapé. Um vício como o tabagismo ou as drogas, suprimido a tempo.

-Les defenestrations. Devem ser proibidas.
-Sim, monsieur le Ministre.
-São um escândalo nacional. Ainda mais agora, com os novos prédios.
-Sim, monsieur le Ministre.
-Com prédios de três, quatro andares ainda era admissível. Até divertido. Mas daí para cima vira crime. Todas as janelas do quarto andar para cima devem ter um cartaz: "Interdit de defenestrer". Os transgressores serão multados.Os reincidentes serão presos.

Na bastilha, o Marquês de Sade deve ter convivido com notórios "defenestreurs". E a compulsão, mesmo suprimida, talvez ainda persista no homem, como persiste na sua linguagem. O mundo pode estar cheio de defenestradores latentes.

-É esta estranha vontade de atirar alguém ou algo pela janela, doutor...
-Hmm. O "impulsus defenestrex" de que nos fala Freud. Algo a ver com a mãe.

Nada com o que se preocupar -diz o analista, afastando-se da janela. Quem entre nós nunca sentiu a compulsão de atirar alguém ou algo pela janela?
A basculante foi inventada para desencorajar a defenestração.
Toda a arquitetura moderna, com suas paredes externas de vidro reforçado e sem aberturas, pode ser uma reação inconsciente a esta volúpia humana, nunca totalmente dominada.
Na lua-de-mel, numa suíte matrimonial no 17o. andar.

-Querida...
-Mmmm?
-Há uma coisa que eu preciso lhe dizer...
-Fala, amor.
-Sou um defenestrador.

E a noiva, na sua inocência, caminha para a cama:

-Estou pronta para experimentar tudo com você. Tudo!

Uma multidão cerca o homem que acaba de cair na calçada. Entre gemidos, ele aponta para cima e balbucia:

-Fui defenestrado...

Alguém comenta:

-Coitado. E depois ainda atiraram ele pela janela!

Agora mesmo me deu uma estranha compulsão de arrancar o papel da máquina, amassá-lo e defenestrar esta crônica. Se ela sair é porque resisti.

Luís Fernando Veríssimo



Não é genial?

quinta-feira, fevereiro 12, 2004

É hoje!

Tudo bem que eu só vou fazer a matrícula, que só passei para o segundo semestre e em somente uma das duas faculdades que tentei -- pqp.. Que vergonha isso! Eu já formado me dando mal no vestibular... --, mas eu estou superanimado com tudo! Quem sabe eu não sou até remanejado para o primeiro semestre e, por algum tipo de conjunção astral acabo conseguindo entrar na UFRJ também? Se merdas acontecem, pq não coisas boas?

:-)

segunda-feira, fevereiro 09, 2004

Não vi o Grammy inteiro, mas deu p/ perceber o quanto foi irritante a trasmissão do SBT.
Toda hora que aparecia o povo do SBT p/ fazer comentário, estava tocando Hey Ya! do Outkast. Porra, a música é realmente muito foda e a dulpa de Hip-Hop ganhou o Grammy de melhor disco do ano -- o disco é mesmo bom, não tem aquele ranço de "músicadepretoamericano" --, mas putaquepariu, escutar essa música ad infinitum é foda.

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Ainda no Grammy, como o chato do Bruce Springsteen conseguiu ganhar de Foo Fighters, Radiohead e White Stripes como melhor disco de rock? Claro, o Grammy é brega e piegas. Aproveitou a oportunidade do cara que fez o disco junto com o Springsteen ter morrido pouco antes do lançamento, e premiou. Mais previsível impossível.
Ridículo!!!

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Por falar em brega, o que foi aquela apresentação/homenagem às pessoas ligadas à indústria musical que morreram? Além de bizarra, só tinha gente mal vestida. Não, não sou crítico de moda -- nem quero ser! --, mas sei ver o que é passar a 427.347.882.374.892.013 quilômetros de qualquer coisa aceitável.
Pior que nem a música era aceitável. É nessas horas que a gente vê que música ruim faz sucesso não só no Brasil e entende aberrações como American Idol e Fama.

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Legal ver o discurso do presidente da associação musical americana. Enquanto ele falava dos males dos downloads de música eu estava brincando no SoulSeek catando músicas.
Warez rules!

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Pra encerrar o assunto Grammy, tenho que comentar a performance do Outkast. Foi mesmo do caralho, mas eu fiquei o tempo todo achando que era o Carlitos Marrón que tava cantando e não o Andre que estava no palco.

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O tempo passa, o tempo voa, e a Luciana Vendramini continua muito boa.

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Pronto, Vê. Tá bom ou chega?

:-)

terça-feira, fevereiro 03, 2004

E Joselito tomou de assalto a MTV...

Não é segredo pra ninguém que há tempos a MTV tá na descendente. Mas é incrível como a cada dia eles se superam. Quanto esforço em vão p/ criar coisas ruins!

Já não bastava terem contratado o tal Léo Madeira e o Rafa. Além do espaço já destinado a eles durante a programação "normal", agora na de verão criaram os programas Câmbio MTV -- tadinha da Penélope. Ela, junto com o João Gordo, é uma das poucas pessoas que ainda se salvam por lá. -- e o tal Rafa Ta-Ta. Esse último é tão idiota, que o Rafa além de fazer piadinhas idiotas com os clipes, ainda tem a cara-de-pau de explicá-las! -- levando-se em conta a atual audiência do canal, talvez se faça mesmo necessário.

A Mariana já tinha comentado no blog dela o tal programa Pé Na Bunda, que pretendo assistir apenas com o objetivo de um estudo antropológico. Isso sem contar o falecido (?) Fica Comigo, a Casa da Praia, Produzindo o Clipe, Dance o Clipe e por aí vai... É muita falta de noção!!!

O mais irônico disso tudo é que o Hermes & Renato, da qual faz parte o personagem Joselito, é um dos poucos programas do canal que ainda valem apenas serem conferidos.

domingo, fevereiro 01, 2004

Pessoas sem noção me intrigam. Sim. Me intrigam demais pra falar a verdade. Vejam só o que me aconteceu agora há pouco:

Estava em voltando p/ casa e paro num ponto de ônibus. Claro que as 2h da manhã está deserto. De repente, me aparece uma figura berrando se eu tivnha visto passar o ônibus tal. Eu não tinha visto. Daí o cara passa a me dizer que veio andando desde a puta que pariu e que ia à merda, e por isso só dois ônibus serviam p/ ele. Ele até podia pegar outro, mas daí tinha que fazer baldiação na casa do caralho. Agora me expliquem: pq diabos eu estaria interessado na história -- triste? -- dele?

Ainda bem que meu ônibus veio no meio do monólogo dele...