segunda-feira, agosto 29, 2005

Fortaleza ou Castelo de Areia Digital?





Dan Brown é uma espécie de J. K. Rowling dos adultos. Seus livros são muito badalados e encabeçam a lista dos mais vendidos. Em especial, O Código da Vinci pode ser chamado de o Harry Potter dos marmanjos.

É interessante ver que a comparação entre os dois autores vai além do tocante popularidade/vendagem dos seus respectivos livros. Apesar de tratarem de assuntos, bem como também serem dirigidos a públicos completamente diferentes, há similaridades em sua maneira de escrever. Da mesma forma que a autora inglesa, criadora do bruxo mais famoso -- e chato! -- do mundo é repetitiva em sua "obra", Dan Brown também o é em seus livros. Dos três livros de sua autoria, li dois e vejo que ele também segue à risca a mesma forma em todas as suas histórias.

Ganchos e mais ganchos entre um capítulo curto e outro -- ele chega a ter a cara-de-pau de fazer um capítulo com apenas um parágrafo --, tem-se a nítida sensação de estar lendo um roteiro de filme e não um livro.

Mas afinal de contas, o Fortaleza Digital é bom ou não? É ruim! Muito ruim! "Mas como, se vc mesmo disse que segue a mesma fórmula do Código Da Vinci que vc diz ter gostado?", alguém poderia me perguntar. Sim, é verdade. A Receita de bolo está lá, mas no caso do Código havia um tema, digamos, até certo ponto mais interessante com uma boa teoria da conspiração recheada de informações das quais ou eu nunca ouvi falar ou algumas coisas que já me eram familiar. Além do quê o autor conseguia manter um nível de razoável suspense durante cerca de dois terços do livro que, infelizmente chegava a um ponto que vc se dava conta e pensava "ok, já sei onde isso vai dar..." e realmente tudo desaguava num clímax bobo e previsível conforme tinha se configurado anteriormente. Mas voltando ao Fortaleza...

Commo ele segue o seu algoritmo ao pé da letra, o livro padece dos mesmos problemas do código. As primeiras 100 páginas até empolgam mas depois a história entra numa fase de enrolação entediante com abuso dos clichês literários mais batidos que existem. Como se isso não bastasse, as últimas 50 páginas chegam a ser constrangedoras. É tão forçado e faz uso de alguns termos de informática que qualquer um que já tenha baixado um arquivo e visto um linux funcionando vai gargalhar e sentir pena do autor. Outro ingrediente de sua receita de best seller é ignorar certas características marcantes de seus personagens para que tudo se acomode na história e fique "plausível", o que, obviamente, surte efeito contrário -- gostaria de saber o que faz um cara surdo a metros de distância "sentir" alguém se jogando ao chão de uma escada de pedras de uma torre medieval e também a ignorância completa de química básica entre maiores cérebros da maior organização secreta de inteligência norteamericana e também a razão de uma senha superimportante ter apenas um único dígito numérico!

Dizem que Anjos e Demônios é o melhor livro dele até agora -- o que convenhamos, não quer dizer muita coisa --, mas pretendo não ler a médio prazo. Tem muita coisa melhor empilhada na minha mesa de cabeceira.

quarta-feira, agosto 24, 2005

Just some tips...

Gustavo me mandou um arquivo PDF contendo 412 dicas de como melhorar o desempenho do XP. Das 412, reproduzo aqui a mais útil de todas.


A melhor dica dentre as 412!!

Pergunto: Dá pra confiar nessas dicas?

domingo, agosto 21, 2005

Você viu antes aqui

quarta-feira, agosto 17, 2005

Querem fazer meu ouvido de penico





Dia desses peguei uma carona com meu pai até a faculdade. Entramos no acordo de ouvirmos a BandNews para acompanharmos o noticiário a respeito da bandalheira que assola nosso país.

Infelizmente -- ou seria felizmente? -- não havia transmissão das comédias da vida pública. Em vez disso era transmitido o programa do Boechart -- pra quem não conhece, um dos grandes nomes do colunismo político no país. Pois bem, o assunto era banal. Comentava-se a respeito de se criar uma versão pocket -- eu disse POCKET -- do hino para que, em alguma solenidade, não se perdesse muito tempo com a execução do hino e também se evitar o constragimento das pessoas que não conseguem aprender a cantar nosso longo hino. -- em especial os jogadores da seleção brasileira seriam grandes beneficiários desta medida.

Tudo isso não seria digno de comentário caso o que se seguiu não houvesse acontecido. Durante o papo a respeito do assunto, chega o email de um ouvinte que dizia mais ou menos o seguinte:

"Eu também concordo com a criação dessa versão reduzida do nosso hino. Acho ele muito bonito, em especial a parte que diz 'Salve o lindo pendão da esperança (...)', mas realmente fica difícil decorar essa letra longa."

O Boechart concordou com o ouvinte, especialmente no tocante à beleza desse trecho do hino. Mas espere um pouco... esse não é o hino da bandeira?!? Depois dessa eu vi que o Boechart também sabe a letra do hino nacional.


Outra boa aconteceu ontem à noite. A TV estava ligada no Jornal da Globo, também a espera de mais um capiítulo da baixaria atualmente em cartaz em Brasília. Lá pelas tantas começa uma reportagem falando da mudança de escuderia feita pelo Rubens Barrichello que sai da Mc Larem e vai pra BAR. Mais uma noitícia de irrelevância máxima de um piloto medíocre que a Globo teima em querer transformar em ídolo nacional -- afinal de contas, o campeonato de Fórmula 1 deve ser mesmo bem caro.

Não sei a razão de ter parado pra prestar atenção na matéria, mas o fato é que eu fui obrigado a ouvir as seguintes pérolas de um repórter cara-de-pau:

"Ruben Barrichello é um piloto talentoso, que agora faz uma opção pela troca de escuderia (...), se sagrou campeão em nove grandes prêmios nos últimos 6 anos. É um ídolo nacional que, pra ter reconhecimento, só precisa ser campeão."

COMO ASSIM, BIAL?!?!? Ou isso foi uma das alfinetadas mais fodas que eu já ouvi em toda a minha vida ou realmente querem fazer meu ouvido de penico.

terça-feira, agosto 16, 2005

"L" for Lesbian, not for Lost...



Até Lost recomeçar eu me perco vendo essas mulheres...

terça-feira, agosto 09, 2005

Como tratar o povo da areia - Parte I

Essas duas ocorreram recentemente e quase que esqueço de deixar registrada.

Cena 1: Toca o telefone celular. É o telemarketing da Vivo mais uma vez pra falar que eu não recarrego o meu celular há mais de noventa dias...

- Senhor, estamos entrando em contato para informar que o há mais de 90 dias que sua linha não é recarregada com créditos...
- Ah, tem alguma coisa errada. Eu recarreguei recentemente.
- Quando o senhor efetuou a recarga? Tem mais de 90 dias?
- Não sei precisar a data, mas tem menos de 3 meses sim.
- Mas em nosso sistema não consta...
- E daí? Eu recarreguei sim! Tá me chamando de mentiroso?
- Não senhor, é que...
- É que o quê? Há um erro no seu sistema.
- Ok. Vou colocar uma observação no sistema informando o erro. A vivo agradece.


Quem me conhece sabe que eu NÃO recarrego o meu celular. Na verdade, nos mais de 3 anos que tenho celular, só coloquei créditos duas vezes. Uma quando habilitei a linha e outra quando minha mãe comprou um cartão de R$10,00 há cerca de um ano e meio.

Eu começo a me divertir com o telemarketing...

*****

Cena 2: Sexta, 18h, ônibus 47 voltando pro terminal. Puxo uma nota de R$20,00 pra pagar a passagem...

- Não tem menor?
- Não, não tenho.
- Você sabe que pela lei eu só sou obrigado a dar troco pra no máximo dez vezes o valor da passagem?
- Sim. Mas você sabe que foi aprovada uma outra lei que te obriga a reduzir o valor da passagem até o valor que eu tenho caso não tenha troco? Me devolva a minha nota que eu ganho uma passagem de graça.
- Não, não sabia.
- Claro, né? Vocês nunca conhecem as leis que nos beneficiam...
- Ah, mas assim fica difícil. Não tenho troco.
- Meu amigo, o seu trabalho é dar troco. Se nem isso você é capaz de fazer, pra que te contrataram?


Nesse momento ele pega um maço de notas no bolso e tira o dinheiro pra me dar o troco. Deu sorte. Minha próxima fala seria "Quem mandou não estudar?". Depois me chamam de escroto.

Eu me divirto...
Ah, o Orkut...


Tá olhando o que?


E mais uma vez eu me pergunto: Como é que eu me divertia antes da internet?

Já entrei pra comunidade...

sexta-feira, agosto 05, 2005

Ainda uma família de perdedores

Li recentemente uma crítica a respeito do novo disco dos Loser Manos (sic). A Folha falava bem do disco e eu, obviamente, desconfiei. Se os outros discos já são chatos, o que dirá de um que "é mais silêncio ainda"? -- quem me conhece sabe que sou um notório anti-fã da banda.

Não me fiz de rogado e baixei* o disco no eMule. Veio rápido, o que me leva a crer que tem muita gente que gosta dessa porcaria de banda -- pensando bem, o que há mais hoje em dia é loser. Com acesso a internet e dominando os programas P2P da vida então... Voltando. Chego em casa e resolvo me torturar um pouco ouvindo o CD. Antes não o tivesse feito...

PQP! Consegue ser O MAIS CHATO DOS CDS DA BANDA! Se no disco passado, Ventura, eu tive medo por ter gostado de 5 músicas, nesse eu temia por virar um fã da banda. Ainda bem que eles mostraram que não possuem talento e somente uma pose de pseudo-intelectuais da música com um quê daquela MPB chata que todos nós conhecemos -- e muitos veneram. Como se o disco não fosse chato o suficiente, o Rodrigo Amarantes canta a maior parte das músicas. Ou isso ou o Marcelo Camelo resolveu imitar o jeito de bêbado de botequim de cantar do seu colega de banda. Não importa, o disco é uma merda e muito, muito chato.


O CD é tão ruim que nem
a capa se salva.


Tá claro o objetivo do grupo: se tornar uma espécie de Chico Buarque da música pop pra jovens. Claro que falta talento e sobra presunção, o que me lembra o Caetano contemporâneo que só faz mais (e pior!) do mesmo e fala merda pra aparecer.

Nunca achei que diria isso, mas concordo com o Chorão do extinto(?) Charlie Brown Jr. que enfiou a porrada no Camelo. O legal mesmo seria se ambas as bandas fossem pra um ringue no melhor estilo Celebrity Deathmatch e se aniquilassem. Taí um show deles que não perderia por nada nesse mundo.

Cotação: The Leopard's band navigations skills are totally crap.

(*) Obviamente o CD já foi pra lixeira e lamento muito ter gasto minha banda no download. Taí a dica pra evitar a pirataria de músicas: é só fazer disco merda.

quinta-feira, agosto 04, 2005

Robocop´s Diet

Fim de noite de domingo no Extra do shopping com amigos. Lock and loaded with chocolate. Por acaso passamos na seção onde se encontravam papinhas de bebê e um diálogo mais ou menos assim é travado:

- Isso é caro. Mais de R$3,00 por tão pouca comida. Mas é bom...
- Vc por acaso lembra o gosto? -- em tom de ironia.
- Ué, eu já comprei e comi. Os doces são ótimos. Os salgados melhores ainda.
- Tá de sacanagem que vcs, deste tamanho, comem isso... -- ainda em tom irônico.
- Vai dizer que vc nunca comeu isso? -- com ar de incredulidade.
- Não. Nunca comi isso... -- agora com ar de desdém.
- Como assim vc nunca comeu isso? É maravilhoso!! -- umas quatro cabeças quase que em coro e exaltadas falam em um tom de reprovação.


Corta. Terça-feira à tarde. Concentração para o prometido embate da semana na CPI, Zé Dirceu x Bob Jefferson. Tudo já havia sido planejado com quase uma semana de antecedência. E no meio de um bate-papo descompromissadado...

- (...) ah, e tem "presentinho" pra Lelê hj. -- diz Rodrigo com um sorriso sacana no rosto.
- É mesmo!! Hahahaha!! Lelê vai se amarrar -- diz Gustavo sem segurar a risada.
- Porra. Agora estou curioso.
- Nâo. Agora você vai ter de esperar.


Alguns minutos depois guga vai até a cozinha e volta com uma sacola de supermercado onde dentro haviam três potes de papinhas pra bebê.

- Eu ia trazer salgado. Mas como tinha acabado de almoçar resolvi trazer doce. -- Rodrigo diz esfregando a barriga. -- Daí trouxe essa. Como vc é fresco, comprei banana com maçã, pq esse é clássico e vc deve gostar.

Depois de uns 30 min no congelador, cada um pega um pote e começa a degustação. Realmente é bom -- não tanto quanto eles falavam, mas eu gostei. Realmente o Robocop não tem o que reclamar do seu cardápio.