sábado, setembro 25, 2004

Kevin Smith cresceu

Kevin Smith continua Kevin Smith. Mas bem que eu cheguei a achar que ele tinha se perdido ou simplesmente dado sorte no início da carreia.

Seu primeiro filme, O Balconista (Clerks) continua até hoje pra mim uma aula de como se fazer cinema com boas idéias, elenco competente e pouco dinheiro. A trama boba e aparentemente sem muito atrativos se revela recheada de diálogos espertos e hilários. É uma espécie de Seinfeld do cinema, um filme sobre o nada.Logo depois o cara vem com Barrados No Shopping (Mallrats). Comédia despretenciosa que, apesar do conteúdo adolescente se mostra com mais cérebro do que as encontradas por aí -- e por isso mesmo muito mais divertida.

No seu terceiro filme ele acerta a mão em cheio. Procura-se Amy (Chasing Amy) consegue, assim como Alta-Fidedade (High Fidelity) ser uma comédia romântica para homens. É engraçada, rude, profunda e lesbian chic -- eu disse que era p/ homens! É daqueles filmes que eu não me canso de ver e sempre ao final fico balançado com a mensagem que existe por detrás da história. Simplesmente um filme perfeito.

Continuando sua carreira, Smith lança sua obra mais ousada. Sim, segundo diz a lenda ele lançou Clerks numa tentativa de conseguir levantar o dinheiro para fazer Dogma. Eu como fã do cara esperei um bom tempo p/ ver este filme -- nossa, como internet fazia falta! -- e infelizmente me decepcionei. O filme é até bom, mas não chega perto de Chasing Amy. Talvez tenha sido a expectativa que eu criei. Prosseguindo, vem Jay And Silent Bob Strike Back, aquele que deveria ser o capítulo final da New Jersey's Chronicles. É fraco. Muito fraco. Bobo demais e com todos os erros que não haviam sido cometidos em Mallrats. Uma pena já que aquele universo de personagens mereciam um fechamento melhor.

Chegou então a vez d'eu ver o aguardado-mas-nem-tanto -- tendo em vista os dois últimos filmes do cara -- Jersey Girl. Nossa, Smith está de volta!! O filme tem lá seus momentos previsíveis mas é ótimo!! Tem alguns momentos memoráveis -- a discussão que rola entre o Ben Affleck e sua filha de 7 anos tem um clímax que dói ao se ouvir as palavras proferidas por seu personagem. Tenho lá minhas dúvidas, já que não apurei realmente se esta é realmente a realidade, mas tudo me leva a crer que Smith tem uma filha e fez esse filme com ela em mente, assim como ele fez o Procura-Se Amy baseado em seu relacionamento com a Joey Lauren Adams, a atriz principal do filme, na época em que namoravam. Acho que se eu tivesse um filho -- ou, mais expecificamente uma filha -- teria curtido o filme bem mais do que curti. Mas uma coisa é certa: Kevin Smith cresceu. E por mais que eu sinta falta de Jay e Silent Bob, devo admitir que esse caminho que ele costuma trilhar vez por outra em seus filmes, é o que mais me agrada.

Quem sabe daqui três filmes ele acerta novamente?

terça-feira, setembro 07, 2004

Querido Diário...

Segunda-feira, 6 de setembro de 2004


10h23

Acordo com um mau-humor filho da puta. Pior, com uma ansiedade gigantesca que acabou gerando o post anterior.

10h38

Vejo mais alguns capítulos de 24h que baixei na noite anterior. Não consigo me concentrar em nada e essa "diversão" leva longas horas.

15h27

Pausa pra reflexão. Jack Bauer é foda.

15h49

Ápice da crise de ansiedade. Tento conversar com os amigos e não consigo.

17h27

Isabela me liga e fala da Festa Maltida na Casa da Matriz. Penso durante alguns minutos e percebo que é exatamente isso que estou precisando e começo a fazer os contatos p/ a saída da noite.

18h48

MSN e telefone bombando combinando a saída.

19h57

Sessão R$1,00 pq ninguém é de ferro.

20h47

Partiu p/ o banho e o jantar reforçado.

21h30

Saio de casa.

22h15

Encontro as pessoas no terminal.

23h

Todos reunidos ficam esperando o busão. Um do grupo resolve dar idéia no motorista da van.

23h07

Começa a viagem rumo à Matriz. Ninguém sabe ao certo como chegar lá.

23h27

Resolvemos ficar perto do cemitério São João Batista pq é nas imediações de nosso alvo. Pagamos R$5,00 ao cara da van só por caridade.

23h34

Na porta da Casa da Matriz encontramos uma puta fila. Mas tá valendo. Já ri muito desde a hora que encontrei o povo no terminal.

1h17

Na boca p/ entrar, cansados de esperar na fila, alguns do grupo se revoltam e armam o motim. Vamos então p/ a Cobal do Humaitá.

1h39

Na Cobal, começam a roubar os copos da mesa.

2h27

Dor de cabeça de tanto rir.

2h41

Pagamos a conta. Tentativa de roubo de um cardápio frustrada.

2h57

Ponto de ônibus. Nada de ônibus.

3h10

2 táxis p/ levar o mulão.

3h23

Dentro do 100.

3h47

Dentro do 408.

4h17

Vou dormir frustrado por não ter conseguido entrar na Matriz, vou dormir com a cabeça explodindo de tanto rir durante a noite perdida.


Considerações a respeito de uma noite perdida:

Definitivamente meus amigos não existem. Nunca ri tanto numa noite. Estavam todos em Killing Spree -- menos um que estava bêbado e depois de 15 frags viu que estava em lag e resolveu desconectar. Nunca uma noite de programa furado foi tão divertida! Não duvido que me diverti muito mais do que se tivesse consegui entrar na boate. O copo roubado vai ser guardado como souvenir da noite. Só tenho amigo patife®. Melhor de tudo: I'm back on track!!!

Some memorables quotes from this night:

+ "Ih, ela tá vestida de Mística!"
+ "Não. Isso não é batata palha. Batata palha é aquela redonda..."
+ "Ela é tão miserável que não reparte nem cabelo."
+ "Porra, pediu uma lasanha p/ comer sozinha. Isso é onanismo gastronômmico!!"
+ "Hot Stuff, baby!"
+ "Muleeeeeeeeeeeeeeeeeeeque!"
+ "Eu quero pizza de pauuuuuuuuuuuuuu-minto."
+ "Enfia isso no Orkut! Abre uma comunidade."
+ "Vc também pegou um traveco?"
+ "R$5,00 por caridade."

segunda-feira, setembro 06, 2004

Just when I thought that I was out, they pull me back in!


Há certos momentos na vida que são difíceis de acreditar que possam existir. Incrível como às vezes uma quantidade enorme de pequenos acontecimentos desconexos podem
ocorrer em uma seqüência de forma a contribuir para que vc quase enlouqueça. Das duas uma, ou é Lei de Murphy ou o postulado da maximização da entropia de paranóia que eu comentei aqui há uns 2 anos. Independente de qual seja, o fato é que coincidência apenas não é o suficiente p/ explicar como as coisas se dão de maneira tão cadenciada, sugerindo que há sim uma interação entre os eventos para que eles ocorram quase que de forma sincronizada. Chega a ser engraçado de tão trágico.

Querem um exemplo bobo? Os dois últimos dias não estão sendo lá muito agradáveis. Há cerca de 15 min resolvi ligar p/ algum amigo de forma a jogar conversa fora e distrair minha cabeça. Todos, ABSOLUTAMENTE TODOS ou estão ocupados ou então não conseguir contactá-los. A coisa ainda é mais escrota quando eu fui diminuindo o grau de intimidade pra quem ligar, disposto a conversar. NÃO CONSEGUI FALAR COM NINGUÉM!

O que fazer então? Rir, é óbvio! Além de rir, também abrir o Mozilla -- viu, Carol? -- e postar alguma coisa no blog -- só mesmo assim p/ eu me "animar" a postar algo.

Como diria o Alborghetti: "É... É... ÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉ!!!"

P.S.:
Não, não precisam vir me perguntar nada. Já deu p/ aliviar a ansiedade escrevendo aqui. Isso deve me manter não por uns 2 ou 3 dias... Pelo menos eu espero.

P.P.S.: Como é difícil abrir mão do que se gosta muito! Cest là vie... I have to move on and keep with my life.

quarta-feira, setembro 01, 2004


French Guard
I'm French! Why do think I have this outrageous
accent, you silly king-a?!


What Monty Python Character are you?
brought to you by Quizilla