Kevin Smith cresceu
Kevin Smith continua Kevin Smith. Mas bem que eu cheguei a achar que ele tinha se perdido ou simplesmente dado sorte no início da carreia.
Seu primeiro filme, O Balconista (Clerks) continua até hoje pra mim uma aula de como se fazer cinema com boas idéias, elenco competente e pouco dinheiro. A trama boba e aparentemente sem muito atrativos se revela recheada de diálogos espertos e hilários. É uma espécie de Seinfeld do cinema, um filme sobre o nada.Logo depois o cara vem com Barrados No Shopping (Mallrats). Comédia despretenciosa que, apesar do conteúdo adolescente se mostra com mais cérebro do que as encontradas por aí -- e por isso mesmo muito mais divertida.
No seu terceiro filme ele acerta a mão em cheio. Procura-se Amy (Chasing Amy) consegue, assim como Alta-Fidedade (High Fidelity) ser uma comédia romântica para homens. É engraçada, rude, profunda e lesbian chic -- eu disse que era p/ homens! É daqueles filmes que eu não me canso de ver e sempre ao final fico balançado com a mensagem que existe por detrás da história. Simplesmente um filme perfeito.
Continuando sua carreira, Smith lança sua obra mais ousada. Sim, segundo diz a lenda ele lançou Clerks numa tentativa de conseguir levantar o dinheiro para fazer Dogma. Eu como fã do cara esperei um bom tempo p/ ver este filme -- nossa, como internet fazia falta! -- e infelizmente me decepcionei. O filme é até bom, mas não chega perto de Chasing Amy. Talvez tenha sido a expectativa que eu criei. Prosseguindo, vem Jay And Silent Bob Strike Back, aquele que deveria ser o capítulo final da New Jersey's Chronicles. É fraco. Muito fraco. Bobo demais e com todos os erros que não haviam sido cometidos em Mallrats. Uma pena já que aquele universo de personagens mereciam um fechamento melhor.
Chegou então a vez d'eu ver o aguardado-mas-nem-tanto -- tendo em vista os dois últimos filmes do cara -- Jersey Girl. Nossa, Smith está de volta!! O filme tem lá seus momentos previsíveis mas é ótimo!! Tem alguns momentos memoráveis -- a discussão que rola entre o Ben Affleck e sua filha de 7 anos tem um clímax que dói ao se ouvir as palavras proferidas por seu personagem. Tenho lá minhas dúvidas, já que não apurei realmente se esta é realmente a realidade, mas tudo me leva a crer que Smith tem uma filha e fez esse filme com ela em mente, assim como ele fez o Procura-Se Amy baseado em seu relacionamento com a Joey Lauren Adams, a atriz principal do filme, na época em que namoravam. Acho que se eu tivesse um filho -- ou, mais expecificamente uma filha -- teria curtido o filme bem mais do que curti. Mas uma coisa é certa: Kevin Smith cresceu. E por mais que eu sinta falta de Jay e Silent Bob, devo admitir que esse caminho que ele costuma trilhar vez por outra em seus filmes, é o que mais me agrada.
Quem sabe daqui três filmes ele acerta novamente?
Kevin Smith continua Kevin Smith. Mas bem que eu cheguei a achar que ele tinha se perdido ou simplesmente dado sorte no início da carreia.
Seu primeiro filme, O Balconista (Clerks) continua até hoje pra mim uma aula de como se fazer cinema com boas idéias, elenco competente e pouco dinheiro. A trama boba e aparentemente sem muito atrativos se revela recheada de diálogos espertos e hilários. É uma espécie de Seinfeld do cinema, um filme sobre o nada.Logo depois o cara vem com Barrados No Shopping (Mallrats). Comédia despretenciosa que, apesar do conteúdo adolescente se mostra com mais cérebro do que as encontradas por aí -- e por isso mesmo muito mais divertida.
No seu terceiro filme ele acerta a mão em cheio. Procura-se Amy (Chasing Amy) consegue, assim como Alta-Fidedade (High Fidelity) ser uma comédia romântica para homens. É engraçada, rude, profunda e lesbian chic -- eu disse que era p/ homens! É daqueles filmes que eu não me canso de ver e sempre ao final fico balançado com a mensagem que existe por detrás da história. Simplesmente um filme perfeito.
Continuando sua carreira, Smith lança sua obra mais ousada. Sim, segundo diz a lenda ele lançou Clerks numa tentativa de conseguir levantar o dinheiro para fazer Dogma. Eu como fã do cara esperei um bom tempo p/ ver este filme -- nossa, como internet fazia falta! -- e infelizmente me decepcionei. O filme é até bom, mas não chega perto de Chasing Amy. Talvez tenha sido a expectativa que eu criei. Prosseguindo, vem Jay And Silent Bob Strike Back, aquele que deveria ser o capítulo final da New Jersey's Chronicles. É fraco. Muito fraco. Bobo demais e com todos os erros que não haviam sido cometidos em Mallrats. Uma pena já que aquele universo de personagens mereciam um fechamento melhor.
Chegou então a vez d'eu ver o aguardado-mas-nem-tanto -- tendo em vista os dois últimos filmes do cara -- Jersey Girl. Nossa, Smith está de volta!! O filme tem lá seus momentos previsíveis mas é ótimo!! Tem alguns momentos memoráveis -- a discussão que rola entre o Ben Affleck e sua filha de 7 anos tem um clímax que dói ao se ouvir as palavras proferidas por seu personagem. Tenho lá minhas dúvidas, já que não apurei realmente se esta é realmente a realidade, mas tudo me leva a crer que Smith tem uma filha e fez esse filme com ela em mente, assim como ele fez o Procura-Se Amy baseado em seu relacionamento com a Joey Lauren Adams, a atriz principal do filme, na época em que namoravam. Acho que se eu tivesse um filho -- ou, mais expecificamente uma filha -- teria curtido o filme bem mais do que curti. Mas uma coisa é certa: Kevin Smith cresceu. E por mais que eu sinta falta de Jay e Silent Bob, devo admitir que esse caminho que ele costuma trilhar vez por outra em seus filmes, é o que mais me agrada.
Quem sabe daqui três filmes ele acerta novamente?